Fanfic - Akuma Overnight

História totalmente original, não aceito nenhum tipo de plágio ou inspiração. Os desenhos aqui disponibilizados estão todos sem a minha assinatura, mas são todos da minha autoria, respeite isso. Divisórias foram pegas no kaorii.com

Capítulo 01

Yukka acorda num cenário escuro, ela não consegue ver nada ou ouvir nada além de si mesma. Ela se levanta e tenta achar a saída daquele lugar, mas para qualquer lado que ela ande, ela só encontra escuridão. Ela desesperada senta no chão eu começa a chorar, várias vozes ecoam na sua cabeça, vozes que não sabia de quem eram, mas era tão familiares, ela se sente tonta e em sua cabeça começa um dor insurportavelmente, até que ela não aguenta e começa a gritar e se joga no chão. Suas unhas crescem e viram garras, seus dentes viram presas e um par de asas crescem nas suas costas até que finalmente a dor cessa e ela para de gritar. Ela abre seus olhos, antigamente bicolores, azul e vermelho, mas agora, ambos estão tingidos de vermelho.

Yukka acorda desesperadamente, gelada e suando. Ainda está noite, ela vai até um rio e lava seu rosto com a agua e vê o reflexo da lua cheia na água, ela o admira por alguns instantes e depois volta a dormir.
Na manha seguinte, Yukka age como se nada tivesse acontecido, apesar do seu pesadelo ainda estar perturbando-a. “O que aquilo significa?” ou “Por que isso aconteceu?” era seus pensamentos que a perseguia. Yukka era uma garota de 16 anos, de pele clara, mas não pálida, cabelo castanho amarrado de qualquer jeito num rabo de cavalo, e seus olhos bicolores, o esquerdo azul e o direto vermelho. Ela usava um vestido azul claro, folgado, com um cinto na cintura branco e andava descalça.
Quando terminou o desjejum, pegou seu cavalo e voltou para a trilha, mas ela acabou se distraindo e depois de quase uma hora no cavalo, ela chegou num portão de uma muralha enorme. Ela rapidamente pegou uma capa e a vestiu, tapando seu corpo e parte de seu rosto. Dava para ouvir vários gritos de celebração e musicas de dentro da cidade, não havia soldados na porta, todos eles estavam marchando no meio das ruas envolta de uma carruagem, ela conseguiu passar devagar, tentando não chamar muita atenção, parou apenas na frente de um mural aonde havia uma foto sua como “Procurada, viva ou morta”, ela apenas o arrancou e enfiou dentro de uma bolsa. Sua próxima parada foi em frente a uma casa, provavelmente a única da cidade que não estava na euforia , ela amarrou a corda do cavalo a um poste e bateu na porta, na primeira ninguém atendeu, quando foi bater pela segunda vez, a porta se abriu sozinha, ela entrou cuidadosamente e gritou:
- Alguém em casa?
- Quem é!? – escutou vindo de outro cômodo da casa, uma menina apareceu de outro cômodo – Yukka!
- Hylla!? – as duas se abraçaram emocionadas.
- Não recebi mais as suas cartas, estava preocupada – Hylla a levou até o que parecia ser a cozinha e as duas se sentaram para continuar a conversa
- O correio de algumas cidades foram suspendidos por causa dos ataques, mas eu recebi a carta de vocês pedindo para vir hoje – ela pegou uma carta de dentro da sua bolsa e colocou em cima da mesa
- Ham? Que carta? Não estou sabendo de nada...
- É do Apurio-san, é bem do feitinho dele fazer esse tipo de coisa... Bem, mas me fala que festança todo é aquela lá fora?
- Ah, o rei de Tenzin morreu semana passada e o novo foi coroado hoje, essa festa é para ele.
- Pensava que o único herdeiro direto dele ainda não tinha 18 anos – Yukka pegou uma maça em cima da mesa e a mordeu
- É, ele ainda é uma criança, quem assumiu foi o seu primo, Duque Allen, o povo o ama de mais, ele o ajudou muito, e ainda tenho 19 anos
Quando Yukka foi dar sua segunda mordida, uma flecha acertou a maça, entre seus dedos. Ela olhou para janela e viu um menino atrás da casa com um arco e flecha.
- Quanto tempo, Yukka! – o menino gritou do lado de fora da casa
- Como vai, pirralho? Ainda comprando briga comigo? – ela tirou a flecha e continuo comendo
- Hakuryuu! Tenha modos, ela acabou de voltar de viagem! – Hylla gritou furiosa
- Não esquenta, Hylla, vou resolver isso
- Haha, pode vir então
Yukka saiu pela janela e pulou em cima do menino, Hylla observou tudo pela janela
- Pronto para perder de novo? – falou Yukka ainda em cima dele
- Dessa vez será diferente
Ele a empurrou com as pernas e ela deu uma cambalhota para trás caindo em pé. Os dois se encararam em pé, Haku pegou uma espada que estava pendurada no seu cinto e Yukka pegou alguns punhais embaixo do vestido, que estavam presas a uma cinta que ela usava, pegou três em cada mão, primeiro ela jogou as três primeiras da mão esquerda no rosto dele, ele usou a espada para se defender colocando-a em frete ao seu rosto, quando ele foi tirá-la para enxergar, Yukka estava correndo em sua direção com os punhais na mão, só deu tempo dele se defender e tentar empurra-la, mas ela resistiu usando dois punhais em forma de “x” para segurar a espada, era agora uma luta de força. Hakuryuu começou a girar, até que o sol bateu em sua espada no olho esquerdo da Yukka, ela deixou os punhais cair e escorregou para trás e deu uma cambalhota para trás, entrando dentro de um bosque que ficava atrás da casa. Hakuryuu ficou preparado, tentando escutar Yukka entre as árvores.
- Agora ele está ferrado – Hylla resmungou lá trás
Duas raízes de plantas surgiram atrás de Haku, prendendo suas mão e o jogando para trás, depois um punhal atravessou a floresta e acertou raspando sua cabeça.
- Sua resistência melhorou, mas você deveria pensar mais durante uma batalha. – Yukka surgiu de dentro do bosque – Pare de usar truque bobos e força, você acha mesmo que aquele truque do sol tinha me enganado? Você não conseguiu nem disfarça, eu só usei isso para poder me esconder e terminar a luta usando magia - ela o soltou – Além de me ter me dado uma vantagem, eu ainda tinha um punhal.
- Espera, com- ele parou para pensar, enquanto ele se cobria com a espada, ela tinha guardado um dos punhais para usar depois – Tsc.
Yukka estava recolhendo seus punhais do chão e os guardando, quando ouviu alguma coisa dentro da sua cabeça
- Saia daí! Eles estão te procurando! Em duas horas eles te acham! – foi o que ela escutou ecoar na sua cabeça, e no mesmo momento, ela começou a ter dor de cabeça e tontura, saiu correndo para onde tinha deixado sua bolsa dentro da casa passando direto por Hylla que não percebeu por estar dando um sermão no Haku, ela desesperadamente pegou um espelho e se olhou, os seus dois olhos estavam vermelhos, sua cabeça começou a latejar.

- Aconteceu alguma coisa, Yukka? – perguntou quando finalmente tirou a atenção do seu irmão
- Só acho que o brilho do sol estava forte de mais – Yukka tentou disfarçar – Bem, já estou indo embora – ela pegou suas coisas e foi na direção a sala, mas lá ela viu um velho do lado da porta.
- Aonde você acha que vai?
- Pai!? – Hylla gritou surpresa atrás da Yukka
- Eu vou embora daqui, se me da licença –falou num tom rude.
- Ainda preciso conversar com você
- Isso não é problema meu – ela foi na direção da porta da frente, mas assim que se aproximou, um vento forte bateu a porta – Tsc, o que você quer?
- Sente-se – disse apontando para o sofá encostado na parede da sala, e ela o obedeceu.
Os dois ficaram se encarando durante algum tempo
- Então, o que você quer falar tanto assim comigo?
- Quero que deixe Haku viajar junto com você.
- Vejamos... – Yukka falou indiferente – É uma tradição da família de séculos, que quando uma criança completa seus 14 anos, comece a treinar fora de casa, viajando, correto? – Apuri balançou a cabeça com um sim – Bem, eu consegui me virar muito bem sozinha com 7 anos de idade, acho que ele consegue com 14 anos.
- Não vou esperar que você entenda, mas não posso deixa-la recusar o meu pedido.
- Bom, então eu sinto muito – falou se levantando e pegando suas coisas – mas parece que acabou de fracassar no seu objetivo.
- Dentro de 3 meses essa cidade vai ser levada a baixo, isso se não antes, - Yukka parou na metade do seu caminho para escuta-lo – a guerra está se espalhando e nós, nômades, não ficamos em nenhum dos lados, muito pelo contrário, nós somos espiões ou traidores para todas as cidades.
- Tá, e o que que eu tenho haver com isso?
- Todos os jovens, até mesmo os mais pequenos da nossa família, estão treinando para o pior. – ele se levantou e andou até a pequena janela enquanto explicava – Nossa família está diminuindo aos poucos, cada mês vemos mais primos, tios, e até parentes que nunca conhecemos, morrendo por causa disso. Só existem apenas três famílias ciganas conhecidas, e de cada uma, um membro é escolhido para representa-la, nós os conhecemos como anciões.
- Obrigada, mas eu já conheço essa história.
- Pois bem, até eles, não sabe o que faremos desta vez.
- Ué? Ninguém contava histórias para eles dormir quando crianças? Sempre que isso acontece, nós não nos refugiamos no País dos Elfos?
- É, mas parece, que desta vez os elfos também participaram da guerra.
- O que!? – pela primeira vez, ela pareceu interessada, mas se acalmou e continuou – Isso é impossível, eles são extremamente orgulhos em não querer se misturar com os humanos nesses tipos de coisas, a ultima guerra deles foi a quase mil anos atrás. Eles jamais arriscariam mil anos de paz por uma causa assim.
- Você sabe que causa é essa? – Yukka se surpreendeu com a pergunta e a hesitou em responder.
- Homens e mulheres lutam todos os dias por causa dos seus interesses, se um rei ver alguma coisa que lhe incomoda no país vizinho, já lhe dá muitas razões para entrar em guerra ao seu ver.
- Boa resposta. – ele começou a caminha pela sala inquieto – Mas... Parece, que desta vez houve algum tipo de ‘confusão’ entre os reis e rainhas, não sabemos ainda qual é, eu e Hylla viemos aqui para tentar descobrir, mas... – ele hesitou em dizer, mas Yukka o pressionou – Eles, com certeza, estão atrás de seres como você. – Hakuryuu que estava num canto da sala observando tudo se intrometeu na conversa.
- Mas o que ela tem de tão especial?
- Filho, além de sua prima ser uma excêntrica maga, espadachim entre outras coisas... Ela é um ser híbrido, provavelmente o ser mais forte que já pisou nesta terra, uma meio-humana e meio-akuma. – Haku foi o único da sala que esboçou qualquer tipo surpresa.
- Bem, ‘tio’, eu ainda me recuso seu pedido. É mais seguro para ele ficar e treinar com a Hylla do que comigo. Agora está tudo explicado, todos os reinos desta estão atrás de mim, é como se fosse uma corrida. – ela fez uma pausa para tentar pensar com a quantidade de informações que havia recebido – Os ataques iram aumentar, e nós não sabemos o que eles querem, alguns podem me querer como aliada, outros me temem como inimiga e vão mandar especialistas me exterminarem. Você acha mesmo que eu vou conseguir lutar contra possivelmente um exercito e ainda conseguir proteger ele?
- Não, mas você e Tori vão. – ela ficou surpresa com a resposta.
- Como você sabe da Tori?
- Você ficou fora por 9 anos, acha mesmo que eu não sabia onde você estava e com quem estava o tempo todo? Eu ainda continuo sendo o mago mais poderoso da família – ela solto um pequeno xingamento entre seus dentes.
- Tori é a minha guardiã, ela me ensinou tudo que eu sei, mas nunca se envolveu em uma luta minha e nunca irá.
Depois por mais um temp de conversa, Yukka foi encurralada e acabou aceitando viajar com Hakuryuu e ser sua mentora. Haku arrumou um bolsa com alguns mantimentos e outras coisas necessárias, como mapas, alguns remédios feito a base de ervas e alguns livros de magia. Quando eles saíram da cidade, que ainda estava em festa, pode ver a imagem do novo rei e por um instante, ela sentiu um tipo de atmosfera estranha em volta dele, mas ela ignorou. Chegando a floresta num acampamento já montado veio um falcão do seu e pousou no braço da Yukka, ela colocou o ave em cima da cela do cavalo e ele se transformou numa mulher adulta com uma pele escura com cabelos negros com pequenas mechas brancas e com olhos totalmente vermelhos como uma poça de sangue. Eles comeram, Haku fez várias perguntas mas não conseguiu nenhuma resposta e finalmente ele foi dormir e Yukka ficou olhando para as estrelas deitada na terra coberta por uma grama confortável.
- Não vai dormir? – Tori apareceu de surpresa, mas não assustando-a
- Vou esperar mais um pouco, não estou conseguindo dormir.
- Não faça mais aquilo, foi muita sorte ter conseguido sair da cidade. – Ela foi apenas ignorada, depois a deixou em paz até que ele pegasse no sono em cima da grama.




Hylla, prima da Yukka, nasceu no mesmo ano que a protagonista.

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